Na minha prática pedagógica há uma característica que se destaca, é a inquietação. Inquietação no sentido de não se acomodar com a rotina, de estar sempre buscando algo que me desafie profissionalmente. Algo que me dê prazer de fazer, que me instiga a querer fazer, a aprender, a buscar e a alcançar a satisfação de realização pessoal e profissional. E um dos componentes fundamentais desse desafio é a capacidade de proporcionar ao outro esse mesmo desejo e prazer de aprender.
E para que essa prática se efetive sempre procurei realizar em sala de aula atividades e projetos em que o questionamento dos alunos, a crítica e a busca por mais informações, fossem movidas pela curiosidade de aprender. Ao desenvolver projetos que possibilitavam aos alunos interagir com os colegas, com o conhecimento, com outras pessoas da comunidade e a se confrontar com determinados aspectos de sua própria realidade, constatei que o conhecimento era construído naturalmente e o mais importante, os alunos e a professora eram protagonistas na construção desse conhecimento. Dessa forma, quando ensino também aprendo, pois de acordo com Paulo Freire,
Através dessa inquietação que me move, aprendo a partir da interação com meus colegas, com meus alunos, da necessidade de buscar e refletir sobre minha ação, procurando não somente fornecer informações, mas orientá-los em sua própria busca, fazendo-os avançar em suas hipóteses e avançando em minha prática pedagógica.“Continuo buscando, re-procurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço, comunicar e anunciar a novidade”.
Um profissional que age como professor e aprendiz, estará sempre aberto a uma proposta de ensino voltada para o contexto e as necessidades atuais, sensibilizando e mobilizando, através do diálogo, os demais personagens da aprendizagem escolar, para atuarem na sociedade do conhecimento como sujeitos ativos e cúmplices perante os objetos de conhecimento.
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